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Converted by Falcon Hive

Fim.

domingo, fevereiro 28, 2010 , , , , 17 comentários

Antes o título se referisse ao fim do blog, mas não. É fim de namoro mesmo. Veio totalmente inesperado pra mim e está sendo difícil assimilar.

Viajei a trabalho no começo da semana, antes de ir tivemos uma briga mas que também resolvemos antes de eu viajar. Foi pelo mesmo motivo que desencadeia quase todos nossos desentendimentos: a falta de demonstração de carinho da parte dela, que me deixa irritada, que me faz ser grossa, que faz ela ser ainda menos carinhosa que me deixa insegura e assim vai, um never-ending-circle.

Na conversa que seguiu a briga eu achei que a gente tivesse finalmente se entendido direito e que tínhamos dado um passo para a frente. Viajei totalmente apaixonada, como sempre fui. Enquanto eu estava fora conversamos pouco mas normalmente, eu estava muito ocupada, ela parecia compreensiva. Sexta a noite saí com a Pri, do DUPA. Foi muito bom finalmente a conhecer pessoalmente. O assunto mais comentado da noite foi definitivamente os nossos respectivos namoros. Eu, toda "panaca" que sou, comentei da falta de carinho mas que era o jeito dela, que nos amávamos, que eu me casaria com ela, mimimi. Mandei mensagens babonas de saudades, não via a hora de voltar.

Hoje, a caminho de casa, recebi uma mensagem dela dizendo que queria conversar comigo, para eu ligar quando chegasse, não interessava a hora, e que se eu não estivesse muito cansada da viagem ela viria conversar comigo. Cheguei a 1h 30m da madrugada, liguei e ela veio. A recebi com um abraço caloroso, estava mesmo com saudades mas eu sabia que tinha alguma coisa errada ou ela não teria falado que queria conversar. Confesso que pensei que ela tivesse me traído, uma ex dela que agora mora no exterior esta na cidade e elas se viram durante a semana. Imaginei que ela viria, confessaria, eu teria muita raiva mas tentaríamos resolver, sei lá.

Quando disse para ela falar ela hesitou, perguntei "o que você fez?" "Eu não fiz nada!" foi a resposta. Eu sei que ela sabia do que eu estava falando então já não era isso. "Fala logo!" ela chora "Prometi que não ia chorar". Eu sabia que era sério, normalmente ela não chora.
Ela disse que entendia todas as minhas reclamações por falta de carinho e que eu tinha razão, que ela não sentia mais o mesmo, que éramos mais amigas do que namoradas. Absurdo! Calunia! Ela pediu para eu a abraçar, eu abracei. Eu amo ela com todas as fibras do meu corpo, falamos disso na ultima briga. Eu olho pra ela com cara de idiota apaixonada com quase 2 anos de namoro, tenho tesão, quero perto, quer junto, quero beijar. Ela não, pelo jeito. Todas as vezes que eu falei que parecia que ela não gostava de mim eu estava certa, ela que me enganava dizendo "Como não gosto? Passo o dia todo, todos os dias do teu lado! Se não gostasse não passaria." E olha que não foi só uma vez que ela alegou isso.

Ela teve outras chances de terminar comigo, quando eu mesma já tinha terminado ou estava certa de que não tínhamos muita esperança ela vinha e falava que era idiotice minha. Agora que eu estava mais forte do que nunca, mais apaixonada do que nunca, mais confiante do que nunca, agora ela percebe que eu estava certa mesmo? Como assim!!!! Primeiro eu não acreditei muito nisso, não fazia sentido, ela deve estar exagerando, não é possível. Eu nem me desesperei muito porque não podia ser sério mas ela continuou lá, chorando e irredutível. Pedi pra deitar do meu lado, ela não quis.

Aí veio a raiva, o ódio. Que merda! Porque ela me enrolou? Porque me enganou? Falei que ela tinha me iludido, me feito voltar a acreditar numa coisa que já não existia mais. Que ela tinha sido egoísta, que deveria ter me deixado ir quando eu terminei com ela e tinha interesse em outra menina. Falei que ela tinha me feito de idiota e que eu era muito muito muito burra por ter acreditado nesse amor, por ter insistido, por ter me dedicado, por ter viajado por ela, investido nisso. Ela chorou mais. Eu chorei mais. Chorei no colo dela. Fiquei com raiva, acusei mais um pouco de ter me iludido, falei e falei de novo que eu era uma burra idiota. Ela perguntou se devia ir embora, falei que eu queria pedir pra ficar mas honestamente queria mandar ela se foder. Ela falou que iria embora, pedi que trancasse a porta quando saísse. Pego a chave dela outra hora.

Assim que a porta do apartamento se fechou a do quarto da minha mãe se abriu. Ela veio, sentou do meu lado, segurou minha mão, perguntou o que tinha acontecido. Contei por cima, chorei, xinguei, falei que quem perdia era ela. Que o problema era ela. Que a minha parte eu fiz. Acredito em tudo isso, mesmo que parcialmente. Eu faria tudo por ela, agora não vou mais me rebaixar. Ela tá perdendo a pessoa que mais amou ela na vida, eu a que mais amei. Não acho que ela realmente tenha percebido o que estava fazendo antes dessa semana, mesmo assim é muito injusto. Me sinto enganada. Como se tivesse me dado um futuro com ela e agora arrancado.

Desde então a raiva troca de lugar com a tristeza em um rodízio constante.
Não consigo acreditar que não tenho mais a Namorada. Preferia só odiar.
Não, não se trata de um post religioso. Apaguem suas tochas, brejeiras!


Minha mãe tem um colega de trabalho que a conheceu quando ela estava grávida de mim e se transformou em grande amigo da família, por vezes me tratando como filha e me aconselhando como um pai cuidadoso. Já tivemos conversas profundas sobre diversos assuntos no decorrer dos anos e dou ouvidos a tudo o que ele fala porque sinto nele um carinho enorme por mim. Muito do que ele fala soa como se ele tivesse planejado ter aquela conversa comigo, como se ele soubesse que seria importante para mim, que faria diferença ou que era algo que eu precisava escutar. Por isso valorizo muito cada conselho ou palavra de reconhecimento que recebo dele. Sendo assim, decidi que leria um livro indicado por ele, mesmo sabendo que era um best seller a lá Oprah's Book Club que envolvia um bizarro encontro com Deus em uma velha cabana mágica, ou algo assim.

Esse amigo me pediu para ler A Cabana de mente aberta, deixando de lado essa coisa toda de religião e Deus, apenas prestando atenção aos conselhos do livro. Não discuti porque sei que ele, assim como eu, não é um cristão fervoroso então não estaria tentando me vender um blá blá blá religioso como tentativa de me converter nem nada disso. Dei uma chance pro livro. A leitura não tem me empolgado muito não. Estava indo bem até o tal Deus literalmente surgir como personagem da história. 98% das falas do Sr. Deus (em qualquer uma das 3 "formas" dele no livro) não fazem sentido nenhum, e mesmo as que fazem sentido eu não dou muito crédito porque quem é esse tal de William P. Young (o, agora milionário, autor) pra saber como é Deus e o que ele Ele diria? Mesmo as falas que fazem sentido são evasivas demais, muita conversinha mole pro meu gosto. Enfim, não curti.

Eis que na página 115 finalmente algo me chama a atenção. Deus, respondendo ao seu "filho" que perdeu a fé, diz:

"... A confiança é fruto de um relacionamento em que você sabe que é amado. Como não sabe que eu o amo, não pode confiar em mim."

Brilhante! Perfeito. A fonte pode não ter sido das melhores mas essa frase é muito verdadeira. Faz total sentido, claramente não só ao se tratar do relacionamento das pessoas com Deus, mas em qualquer relacionamento.

Questões relacionadas à segurança, confiança e demonstrações de carinho são um assunto recorrente em blogs que eu acompanho, nas perguntas do Formspring e nas conversas que tenho com algumas de vocês no MSN e essa frase resume tudo muito bem. Eu tento falar que as namoradas-menininhas de vocês precisam ser paparicadas pra se sentirem amadas e assim deixarão de ser inseguras, né?

Então, minhas caras.
Deus concorda comigo! Hahahahah

Tá meio quente aqui, não?

terça-feira, fevereiro 09, 2010 , , 6 comentários

Não sei se vocês têm notado mas tem feito uns dias bastante quentes ultimamente.


Eu quase não tenho visto o povo reclamando disso pelos Twitters da vida nem nada (NOT!) então não sei se outras pessoas tem se incomodado tanto quanto eu com as altas temperaturas das últimas semanas. Só sei que aqui em casa os nossos banhos têm sido acústicos faz algum tempo. A pelo menos uma semana que chuveiro elétrico está unplugged e só tomamos banhos gelados pra tentar combater um pouco esse calor.

Domingo passado eu não resisti e fui para a praia com a família. Mar calminho, calminho, praticamente sem ondas, passei horas e horas sentada na água. Uma beleza. Quase esqueci do sol queimando tudo na superfície da Terra. Inclusive ME queimando né, porque não houve protetor solar que resistisse ao mar e ao sol que insiste em transformar nosso verão num inferno fora do normal. Resultado: Estou um pimentão.

E o mais legal é que eu não me queimei por igual. Nãããão, me queimei toda desproporcionalmente. Até me queimar eu me queimo toda errada. Acho que porque estava meio dentro da água, porque estava sentada de costas mas meio de lado pro sol, sei lá. Só sei que to com as costas vermelhas mas que o lado esquerdo arde ainda mais do que o direito. Tem uma área do meu pescoço mesmo que Nossa Senhora do Sundown, tá terrível. Não to podendo nem usar blusa direito, difícil achar alguma que nao machuque os ombros.

Agora cá estou eu, embebida em Caladryl e sofrendo ainda mais com esse verão porque antes fosse só o tempo quente mas agora minha pele fica quente por si só. E haja ventilador!

Porque eu sou uma mulherzinha

sábado, fevereiro 06, 2010 , 7 comentários

De uns tempos pra cá eu tenho notado algumas pequenas diferenças na minha personalidade. São detalhes bem sutis, coisas bem pontuais. Essas coisas são para mim como provas concretas de um fato inevitável: eu cresci agora sou mulher, como diria Sandiléia de Lima & Lima.

Eu explico: Eu sempre fui uma menina muito moleca mas virei mulherzinha, só pode.

Cito 3 exemplos que corroboram com a minha teoria de que cresci:

- Eu agora tenho nojo de barata.
Eu nunca tive nojo de barata, sempre pisei sem o menor dó, sem nem pestanejar, sem em nada me abalar. Lembro perfeitamente do dia em que peguei uma barata na mão para colocar na cadeira do professor babaca de ensino religioso. Agora se eu vejo uma barata já saio correndo, não consigo nem olhar. Pra matar é um sufoco, ter de chegar perto... arg. Isso é claramente um sinal dos tempos: Sou uma mulherzinha.

- Eu como abobóra.
Eu sempre odiei abóbora. Que jovenzinha em sã consciência come abóbora? Ultimamente me dá água na boca só em pensar numa bela panelada de abóbora caramelada. =9 nhami! E moranga então? Deus me livre de comer moranga, diria meu antigo eu. Hoje um camarão na moranga é um manjar! Pegar os camarões e depois raspar as bordas da moranga e misturar tudo... hmmmm nhami!

- TUDO me faz chorar
A ultima constatação feita a esse respeito sela de uma vez por todas a minha história como garota-moleca. Eu choro por qualquer porcaria! Qualquer ceninha mais sentimental me pega. Nem precisa ter muita história, nem precisa ser de um filme ótimo, com personagens tocantes. Nada. Não há histórinha de reforma de casa do Luciano Hulk que se salve. Até uma certa propaganda de tintas me fez chorar a pouco tempo! PROPAGANDA DE TINTAS! Quando eu comecei a ter esses surtos de mulherzinha eu só chorava em coisas que assistia sozinha, sem testemunhas para as minhas lágrimas. Mas hoje não importa, eu não consigo evitar. Minha namorada me pegou chorando em Avatar! AVATAR! Pelo menos ela diz que é fofo.

Eu cresci. E sou MUITO mulherzinha...

E vocês? Que mudanças notaram crescendo que as fazem merecer o título de "mulher"?
Então nesse final de semana Namorada e eu levamos a minha mãe para passar uns dias na casa da minha tia em uma praia aqui próxima. Fomos pela manhã, passamos o dia lá com a minha mamãe e Namorada e eu voltamos a noitinha. Lindo. Tudo tão bonito que esquecemos completamente do pedágio no meio do caminho. Íamos conversando tão alegremente que ninguém lembrou desse pequeno detalhe até estarmos literalmente na fila do negócio e nos darmos conta que a gente não tinha uma moedinha de 5 centavos sequer. Tínhamos ZERO DINHEIROS. Não tinha nem moeda perdida no cinzeiro, no fundo da bolsa, na dobra do banco, NA-DA.

E quem foi o filhodaputa que decidiu que pedágios não aceitariam cartões? Tipo, quer situação mais necessária do que essa? Você tá no meio da estrada, a sabe-se lá quantos Kms do caixa eletrônico mais próximo, sem ninguém pra pedir um troquinho emprestado, sem alternativas, sem saídas, sem chances. Se você, assim como nós, estiver sem dinheiro vivo meu amigo, é o seu fim.

Daí que a moça da cabine chamou o carinha que cuida das coisas por lá pra nos ajudar a dar a volta e ir para a outra pista porque não há alma caridosa nesse mundo que vai nos deixar passar por aquele pedágio. Pode isso? Íamos ter que voltar! E voltar pra onde Jesus? Até onde eu sabia a gente bem que poderia ter que voltar atééééé lááááá na praia e pedir as moedinhas emprestadas pra minha mãe porque eu não via possibilidade de encontrarmos um caixa em lugar algum. Mas tá, o carinha super solicito de colete amarelo marca-texto pede para um CAMINHÃO, um cami-fucking-nhão!, dar uma "rézinha" para eu ter espaço para voltar e sair da fila, o dito carinha do colete amarelo marca-texto vai parando o transito que vinha a toda na BR, B-fucking-R! para eu cruzar as sei lá quantas faixas de rodagem que tem no pedágio até alcançar a divisa entre a faixa que vem e a que vai, onde o carinha do colete afastou um baita negócio grandão que serve de mureta entre as faixas para que eu seguisse na direção de volta. ¬¬'

Eis que nesse momento o carinha-solicito-do-colete-amarelo-marca-texto me pergunta "vocês são daqui?" e eu, ignorando o fato que a placa do meu carro é da minha cidade de origem, respondo "uhum" como se isso fosse fazer R$1,10 magicamente na mão do cara para ele me dar. Aí ele me pergunta "vocês não conhecem o desvio aqui?" SIIIIIM Siiiiiim! Namorada já havia ouvido falar nesse desvio! Diz que fica um pouco mais longe para dar a volta pelo pedágio e tals mas na falta do dinheiro que abre as portas da BR, que escolha tínhamos? "Olha, já ouvi falar mas não sei onde é". "É fácil, mas tem que passar em uma ponte pênsil, você tem medo de ponte pensil?" Bah amigo, eu não tinha medo de ponte pênsil até você me perguntar se eu tinha medo, eu deveria ter? "Não, tenho medo não". "Ah tá, porque passa carro lá tranquilo, seu carro não é rebaixado né? - olha para baixo - iiih é sim". Meu carro não é rebaixado, é inclusive de um modelo que é até bem altinho para a categoria, se aquilo seria baixo de mais para esse trajeto e essa tal ponte então olha, só trator! Eu não ia me render assim sem lutar. "Não é não!". "Ah, parece... Mas passa sim, passa carro lá tranquilo" Quanto mais ele repetia isso mais eu pensava que ele tava querendo SE convencer de que passa carro na tal ponte pensil. A gente tava bem sem alternativa e quando um funcionário do pedágio te ensina a burlá-lo você deve agarrar a oportunidade né!

Direções dadas, lá fomos nós. Uma estradinha de chão terrível, cheeeia de buracos, totalmente escura e deserta e a cada curva eu pensava "é agora que vai ter uma emboscada e a gente vai morrer, maldito carinha-do-colete-amarelo-marca-texto, deve estar mancomunado com a gangue que assalta pobres moças indefesas nessa estradinha!" Quando sobrevivemos sem incidentes e chegamos ao asfalto eu pensei "Merda, o carinha do colete não falou nada sobre asfaltos antes da ponte-pensil-da-morte!" mas logo a frente a Namorada enxergou a tal ponte, o lado bom: estavamos no caminho certo, o ruim: a ponte tinha sim motivos pra assustar.

Cara, a ponte tinha malemal a largura de um carro, tive que cuidar com os espelhos na hora de entrar. Eu resolvi nem pensar muito, era noite, eu não enxergava direito a situação do rio abaixo, só sei que por garantia a Namorada abriu a janela dela falando "Olha, vou abrir porque vai que a gente caia na água né, aí a janela trava e tals, assim eu posso sair" e eu já fui logo abrindo a minha também né... vai que. A ponte tinha o chão todo de madeira preso por cabos de aço e assim que o carro saiu da terra firme ela começou a se balançar toda. Perto da outra margem a coisa sacudia de um jeito que eu só conseguia me concentrar em manter o pé no acelerador para sair daquilo logo.

No final, quando a gente tava do outro lado, veio uma sensação fantástica aventura bem sucedida. Reparamos no quanto a lua cheia estava extraordinariamente grande naquela noite do meio do mato e pensamos que aquela seria uma história que a gente ainda ia contar muitas vezes e rir ao pensar no carro em cima da ponte pênsil do carinha do colete amarelo marca texto. No final chegamos em casa, mesmo que por um caminho muito mais longo, sem pagar o tal pedágio. Tudo isso por R$1,10.

Na verdade eu teria pago muito mais pela aventura com a Namorada!